Por Leonardo Loiola Cavalcanti
Segundo estudo arqueológico a cueca foi criada há 7 mil anos, quando o homem pré-histórico criou uma tanga de couro semelhante a uma fralda.
Tutancâmon, foi enterrado junto com dezenas de elaboradas tangas de seda.
O Superman, seu maior propagador da cueca, levou muitas mulheres ao delírio quando foi para as telinhas do cinema.
Os modelos atuais são variados: slip (o mais tradicional e mais vendido no Brasil, que é cavado nas laterais), boxer (normalmente não marca no corpo e é preferido de homens altos, pois “encurta” as pernas), samba-canção (que deixa tudo muito mais solto), sunga (meio-termo entre a slip e a boxer) e jockstrap (cobre apenas o pênis, deixando as nádegas à mostra).
A cueca vem sendo protagonista de diversos casos de ilícitos, como esconder drogas na cueca; furto de chocolates em mercados entre outras criatividades.
Lembro ainda do caso do Deputado Edmundo Barreto Pinto, que foi cassado por ter posado para uma entrevista de cueca.
Essa peça íntima masculina, que foi criada para cobrir e proteger os órgãos sexuais, perdeu sua finalidade, ou há um desvio de finalidade.
Prova disso, que desde o mensalão, quando um então assessor do deputado federal José Guimarães (PT) foi preso com dólares na cueca e dinheiro não declarado em uma maleta de mão no aeroporto de Congonhas (SP), em 2005, sua finalidade no meio político foi alterada.
Passaram-se 15 anos, a moda da cueca voltou com força, agora com Senador e Ministro do STJ fazendo publicidade de tal peça íntima.
Veja, o Senador, licenciado, Chico Rodrigues (DEM-RR), na época vice-líder do governo, foi flagrado pela PF com R$ 33 mil na cueca em operação sobre supostos desvios na Saúde.
Talvez contrariado pela alta publicidade da cueca do senador, o ministro do STJ, dr. Nefi Cordeiro, apareceu de toga e sem calças ao se levantar da mesa.
Nesse caso, segundo se observa do vídeo, o ministro não tinha dinheiro na cueca, apenas estava propondo aos internautas uma imagem de suas pernas finas e nem um pouco malhada, segundo comentário que eu li em grupo de WhatsApp.
Tom Cavalcante com sua personagem Pitbicha, com o jargão “Cuecão de Couro”, deve estar se sentindo rejeitado pela mídia, pois da semana passada para cá seu protagonismo com tal personagem não tem mais graça.
A graça agora está com as autoridades públicas, senador, assessor de deputado e, agora, Ministro do STJ.
Resta saber agora qual será a próxima autoridade a ser pega de cueca e nos colocar mais esse constrangimento.
Que Deus nos livre disso!