O Silêncio Comprometedor: Cleber Lopes, as Eleições da OAB/DF e a Democracia em Jogo sob a Influência de Ibaneis Rocha

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O Silêncio Comprometedor: Cleber Lopes, as Eleições da OAB/DF e a Democracia em Jogo sob a Influência de Ibaneis Rocha

Imagem criada pelo DALL·E da OpenAI

Por Leonardo Loiola Cavalcanti

 

Entre Linhas e Sussurros

 

Caro leitor, na complexa teia de relações e influências que define a política interna da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Distrito Federal (OAB/DF), a interpretação dos movimentos e das intenções dos atores-chave muitas vezes se assemelha mais a uma arte do que a uma ciência. A matéria que se segue é fruto de um meticuloso exercício de dedução e especulação, baseado em consultas com membros do grupo verde e em observações cuidadosas dos acontecimentos recentes no cenário político da OAB/DF.

É importante salientar que as percepções e as análises apresentadas não contaram com a consulta direta ao Governador Ibaneis Rocha, refletindo uma compilação de opiniões e comentários coletados dentro do contexto do grupo de WhatsApp “Advogado do Baixo Clero”. Dessa forma, reconhecemos a possibilidade de nuances e perspectivas que podem não estar completamente representadas.

 

O Silêncio Comprometedor…

 

Desde sua concepção, o grupo “Advogado do Baixo Clero” se propôs a ser um bastião para os advogados comuns, aqueles que, longe dos holofotes, formam a espinha dorsal da advocacia. Nosso objetivo era simples, porém nobre: proporcionar um espaço onde o diálogo aberto sobre os intricados bastidores da política da OAB/DF pudesse florescer, permitindo aos membros uma visão clara das visões e intenções dos possíveis candidatos à sua presidência.

Assim, em meio ao turbilhão que antecede as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Distrito Federal (OAB/DF), uma questão se destaca não por sua presença, mas pela sua notável ausência: o respeito e a consideração pelos advogados comuns, os verdadeiros pilares da advocacia. O grupo “Advogado do Baixo Clero”, uma congregação de profissionais dedicados a desvendar os bastidores da política da OAB/DF, recentemente experimentou um flagrante desrespeito que ressoa além de suas fronteiras virtuais, atingindo o coração da nossa comunidade jurídica.

O “Baixo Clero”, termo irônico que adotamos com um misto de humor e orgulho, representa a maioria silenciosa de advogados que, dia após dia, defendem a justiça sem o brilho dos holofotes. Nós, os membros deste grupo, buscávamos apenas um diálogo franco e aberto com os possíveis candidatos à presidência da OAB/DF, uma oportunidade para entender suas visões, planos e, mais crucialmente, sua disposição para representar todos os advogados, e não apenas uma elite selecionada.

A chegada de figuras como Cleber Lopes, endossadas por influências políticas de peso como o governador Ibaneis Rocha, prometia enriquecer essas discussões. Contudo, a realidade que se desdobrou foi outra.

DEBATE NO GRUPO “ADVOGADO DO BAIXO CLERO”: PERGUNTAS E RESPOSTAS

Pergunta Inicial de Loiola para Cleber Lopes:

“Dr. Cleber Lopes, considerando a sua indicação pelo governador Ibaneis, e os lançamentos de Everardo Gueiro (Vevé) e Ricardo Peres (Ricardinho) que também afirmam ter apoio do mesmo grupo, não seria isso uma afronta à unidade do Grupo Verde? Isso sugere que os outros candidatos não estão alinhados com a liderança do grupo, tentando talvez diminuir a influência deles com sua candidatura?” (texto com pequena readaptação)

Resposta de Cleber Lopes:

“Não vamos polemizar. O governador não me lançou a nada. O grupo decidiu, com a participação de várias lideranças, que meu nome representa a união neste momento.”

Réplica de Loiola:

“Não estou tentando polemizar, apenas trazendo à tona o que ouvi na base do grupo dos verdinhos. A informação é que você foi indicado pelo Ibaneis. Recordo-me que, na eleição de 2018, Jacques Veloso enfrentou a sua indicação pelo Ibaneis, perdendo na disputa interna por uma pequena margem. Se você afirma que não houve tal indicação, insistindo que a decisão veio de várias lideranças do grupo, não insistirei mais. No entanto, gostaria de saber: essa decisão foi tomada em uma reunião com todas as lideranças do grupo? Vevé e Ricardinho estavam presentes, considerando suas posições significativas dentro do Grupo Verde?” (texto com pequena readaptação, sem perder a essência).

Desenvolvimento Após a Falta de Resposta de Cleber Lopes:

Diante da demora de Cleber Lopes em responder, Loiola expressou: “Bom dia. Dr. Cleber Lopes desistiu ou pulamos para a próxima pergunta?”

Após a continuação da inércia por parte de Cleber Lopes, Loiola agradeceu sua participação: “Agradeço a sua participação. Obrigado pela gentileza. Sucesso nessa sua nova jornada.”

Extensão das Perguntas às Outras Lideranças:

Loiola então direcionou a questão às outras lideranças do Grupo Verde: “Jacques Veloso, Everardo Gueiro, Thais Ridel, Leonardo Carvalho, Paulo Alexandre, Ricardo Peres (Ricardinho), Handerson Almeida, presidente da subseção do Guará-DF, e os demais presidentes das subseções representando o Grupo Verde, vocês participaram dessa reunião?”

Resposta de Everardo Gueiro:

“Eu não. Nunca fui convidado.”

As outras lideranças não responderam, mantendo um silêncio que ampliou as dúvidas sobre o processo decisório dentro do Grupo Verde.

A resposta de Everardo Gueiro, único a se manifestar dentro do meio das lideranças e de apoiadores políticos, indicando sua exclusão do processo, juntamente com o silêncio dos demais, pintou um quadro de divisão, de racha e falta de comunicação dentro do grupo, como se não houvesse mais liderança.

A réplica, ancorada na busca pela clareza e pela verdade, encontrou apenas o silêncio e a evasão, não apenas de Lopes, mas também de outros membros proeminentes do grupo e de lideranças tais como: Thaís Ridel, Jacques Veloso, Ricardo Peres, entre outros. A ausência de diálogo significativo e a tentativa de um dos apoiadores de Lopes de desqualificar o debate evidenciaram uma desconexão alarmante entre o discurso moderado e de suas ações tomadas.

Aristóteles nos lembra que “a justiça é a virtude política por excelência”, mas como podemos falar de justiça quando os defensores da lei se recusam a engajar-se com aqueles que representam? A falta de uma resposta conclusiva e o subsequente abandono do debate por parte de Lopes refletiram não apenas uma falha em reconhecer a importância dos advogados comuns, mas também uma possível subserviência a dinâmicas políticas que transcendem o bem-estar da advocacia.

As lideranças e os candidatos, apesar de inicialmente aceitarem o convite para participar de nossas discussões, falharam em engajar-se de maneira significativa. Como já dito, as poucas respostas obtidas foram marcadas por um cuidado calculado para não desagradar as forças dominantes, particularmente as influências políticas encabeçadas por figuras como Ibaneis Rocha. A recusa em tomar posições claras, a omissão diante de perguntas diretas e a eventual retirada do debate não são apenas atos de desconsideração com o grupo; são um desrespeito a todos os advogados que buscavam orientação para uma decisão eleitoral informada.

Este episódio serve como um lembrete sombrio de que a liderança eficaz na advocacia deve ser fundamentada no respeito mútuo, na transparência e na responsabilidade perante todos os membros da comunidade jurídica, não apenas os mais proeminentes. À medida que nos aproximamos das eleições da OAB/DF, é crucial que os eleitores demandem e esperem um padrão mais alto de seus líderes, garantindo que as vozes do “baixo clero” sejam não apenas ouvidas, mas verdadeiramente valorizadas.

 

Espaço aberto:

 O blog do Loiola tem o compromisso de manter a integridade jornalística e a justiça na apresentação de todas as vozes envolvidas, este espaço permanece aberto e receptivo a quaisquer esclarecimentos, respostas ou manifestações dos citados na matéria. Encorajamos a participação ativa de todos os interessados em contribuir para um diálogo mais rico e esclarecedor sobre as dinâmicas que moldarão o futuro da advocacia no Distrito Federal.

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